Guerra cibernética: site de notícias pró-Kremlin é desativado pelo coletivo Anonymous

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O coletivo Anonymous declarou na quinta-feira (24), por meio de uma de suas contas no Twitter, ter entrado em uma guerra cibernética contra o governo da Rússia. No mesmo dia, o grupo reivindicou a autoria de um ataque hacker ao site de notícias em inglês RT (antes chamado Russia Today). Mantido pelo governo russo, mas voltado ao público externo, o RT traz um viés fortemente pró-Kremlin.

“Queremos que o povo russo entenda que sabemos que é difícil conversarem com o seu ditador por meio de sofrerem represálias”, disse um dos perfis do grupo, @YourAnonNews. “Nós, como grupo, queremos apenas paz no mundo. Queremos um futuro para toda a humanidade. Portanto, queremos que entendam que isto é inteiramente direcionado às ações do governo russo e de [Vladimir] Putin.”

Segundo informações da agência RIA Novosti, o ataque do Anonymous foi do tipo DDoS e desacelerou diversos domínios oficiais ligados ao governo da Rússia, além de deixar alguns offline por “períodos de tempo prolongados”. A RT, por sua vez, confirmou o ataque.

A cobertura do RT sobre a situação na Ucrânia tem sido, previsivelmente, favorável à invasão, assim como a dos sites de notícias russos. A liberdade de imprensa na Rússia está na constituição, mas, na prática, o governo Putin controla a mídia não estatal de múltiplas formas, legais ou não.

Na imprensa russa, a intervenção do Kremlin no país vizinho é descrita como defensiva. Moscou, de acordo com o RT, se viu “forçada a recorrer a meios militares” para proteger o povo de Donbas de um conflito civil na Ucrânia.

Perfil brasileiro do Anonymous apoia posicionamento contra a Rússia

Já nesta sexta-feira (25), um perfil brasileiro do Anonymous, #Etersec, confirmou seu apoio ao ataque contra os sites estatais da Rússia. Em anúncio veiculado pelo Twitter, o grupo ressalta, no entanto, que “retaliar a invasão imperialista russa não significa um apoio nosso à Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar comanda pelos Estados Unidos], que é uma ferramenta de outra potência igualmente imperialista”.

 

Fonte: Olhar Digital